domingo, 5 de maio de 2013



Conceitos Numéricos na
Educação Infantil: uma
pesquisa etnográfica
Maria Teresa Telles Ribeiro Senna
Beatriz Vargas Dorneles
Maria Angela Mattar Yunes
RESUMO – Conceitos Numéricos na Educação Infantil: uma pesquisa et-
nográfica.
Este artigo descreve uma pesquisa que analisou a construção
de conceitos numéricos iniciais em crianças entre 2 e 5 anos da Educação
Infantil. A pesquisa qualitativa, na modalidade etnográfica, foi realizada
em duas escolas: uma no Núcleo de Desenvolvimento Infantil, da Univer-
sidade Federal de Santa Catarina, no Brasil e outra na Scuola X XV Aprile,
em Reggio Emilia, na Itália. O objetivo foi descrever a forma como as situa-
ções espontâneas de construção dos primeiros conceitos matemáticos fo-
ram aproveitadas pelos professores de tais escolas. Nas duas escolas foram
constatadas oportunidades espontâneas de construção numérica apre-
sentadas pelas crianças, mas as situações trazidas pelos alunos não foram
aproveitadas pelos professores.
Palavras-chave:
Conceitos Numéricos. Educação Infantil. Pesquisa Etno-
gráfica.



 Artigo completo em:

http://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/16914/24331





Será?

Será queo modo como a nossa escola, principalmente nos anos de escolaridade finais, irá superar a sua dificuldade de trabalhar em grupo?
Será que a formação oferecida aos docentes, tanto no que se refere a inicial e continuada o formará para isto?
Teremos os investimentos nas políticas públicas para tal?
Como a tecnologia, principalmente as da comunicação devem estar presentes no ensino? Até quando será postergado esse debate?


Professor do futuro será um designer de currículo, afirma especialista

Educador passará a ter a responsabilidade de ser o guia de sua classe

O termo é desconhecido no Brasil, mas é bom você já ir se familiarizando com ele. O professor tradicional – esse com o qual estudamos anos e que conhecemos hoje – vem gradativamente se transformando no que em algumas escolas por aqui, mas mais intensamente nos Estados Unidos, chamam de designer de currículo. A principal função desse “novo” profissional está a de desenvolver currículos e projetos interdisciplinares, integrando às novas tecnologias. “O professor designer de currículo é a expressão maior e mais completa do mestre contemporâneo. Vai além de ministrar o conteúdo estrito senso, mas é também responsável por preparar o educando para o hábito de aprender a aprender, desenvolvendo habilidades de aprendizagem que são consideradas imprescindíveis aos profissionais e cidadãos em um mundo centrado na inovação”, afirma Ronaldo Mota, ex-secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e atualmente professor visitante do Instituto de Educação da Universidade de Londres.

Esses profissionais tanto podem se dedicar exclusivamente ao design de currículo quanto podem ser professores que intercalam essa função com sua prática de sala de aula. De acordo com Mota, eles poderão, por exemplo, criar portais interativos para abrigar suas videoaulas e outros recursos multimídia ou ainda estimular os estudantes para que criem seus próprios blogs. Os portais poderão servir como ambientes – além da sala de aula – para relação permanente entre o educador e os educandos, bem como os educandos entre si.
O professor tradicional gradativamente se transformará no designer educacional
Ronaldo Mota professor visitante do Instituto de Educação da Universidade de Londres

Mota, que também foi Secretário Nacional de Educação Superior, aponta como outra nova demanda desses designers de currículo a criação de Moocs (Massive Open On-line Course, cursos on-line gratuitos e em grande escala) . “Isso vai ser uma enorme revolução, uma vez que o professor tradicional gradativamente se transformará no designer educacional, que vai precisar dominar a tecnologia para produzir essas aulas”, afirma.

Mas nem tudo é tecnologia. Em escolas onde o modelo vigente inclui aprendizado baseado por projeto, por exemplo, esse profissional cria aulas que envolvem ações transdisciplinares. Na norte-americana High Tech High, que desenvolve esse modelo de ensino, os docentes se reúnem diariamente para discutir como um determinado conteúdo pode se tornar um projeto que envolva a sua disciplina e as dos demais docentes. Um dos pilares da instituição é exatamente ter o professor como um designer, função que empodera o educador e lhe dá a responsabilidade de ser o guia de sua classe.

Na instituição, as aulas são estruturadas em blocos mais longos – ao contrário dos tradicionais tempos de 50 minutos – com o intuito de integrar o currículo, unificando as matérias e facilitando o aprendizado dos estudantes. Física e matemática são ensinadas juntas, assim como história, filosofia e língua inglesa são aglomeradas em única disciplina: humanidades. “Acreditamos na integração do currículo. Em vez de ir a uma aula de história e uma de inglês, o aluno tem um professor de humanidades. A escola tem um time de professores trabalhando para criar projetos juntos. Existe um aluno que aprende colaborativamente, com tutores virtuais, sozinhos, com material impresso ou não. Nós damos a ele a oportunidade de estudar em cada uma dessas modalidades, de acordo com o que cada um precisa”, afirmou Melissa Agudelo durante o Transformar 2013.

Assim como na High Tech High, a rede Summit Public Schools – grupo de escolas californianas que está ajudando jovens de famílias pobres a ingressar na universidade – usa momentos sistemáticos de encontros entre docentes para fazer o design de seu currículo. Nas escolas, os professores desenvolvem projetos de aprendizado interdisciplinares, que normalmente associam as disciplinas curriculares ao cotidiano dos estudantes, para que façam sentido ao que estão aprendendo, com o objetivo de fazê-los pensar criticamente, além de desenvolver suas habilidades cognitivas.
O futuro da aprendizagem é o nosso futuro. O verdadeiro desafio de quem está desenhando um processo de aprendizado é preparar os alunos para um mundo que não podemos ainda imaginar como vai ser
Brian Waniewski diretor de gestão do Institute of Play

A rede também está construindo sua própria plataforma de aprendizado on-line e são os professores os responsáveis por inserir conteúdos nesse ambiente virtual. A partir do próximo semestre, as escolas Summit vão adotar o modelo de blended learning – conhecido também como ensino híbrido – o que irá ajudar os designers de currículo a trabalharem mais integradamente, já que precisarão se elaborar juntos os conteúdos baseados tanto em ferramentas on-line quanto em momentos presenciais.​

Esses encontros também acontecem, semanalmente, na Quest to Learn – escola pública de NY onde os conteúdos são todos trabalhados por meio de games. Em vez de reuniões entre professores e professores, outros profissionais – como coordenadores pedagógicos e designers de games também – se juntam para a criação do currículo escolar, que é integrado e repensado para levar experiências que estejam associadas ao mundo real.

Para Brian Waniewski, diretor de gestão do Institute of Play que aplica a metodologia na escola, esses professores são os responsáveis por redesenhar a experiência do aprendizado. “O futuro da aprendizagem é o nosso futuro. O verdadeiro desafio de quem está desenhando um processo de aprendizado é preparar os alunos para um mundo que não podemos ainda imaginar como vai ser”, afirmou Waniewski em entrevista ao Porvir.

Segundo o professor brasileiro Mota, os designers de currículo surgirão naturalmente, aprendendo de forma involuntária, na prática. “Ainda é uma incógnita saber se as universidades estarão preparadas para formá-los. Desburocratizar o currículo nacional seria fundamental para que esses profissionais conseguissem remodelar seus planos de aula, além de criar programas e disciplinas mais dinâmicas, tornando-os também mais empoderados”, afirma
http://noticias.terra.com.br/educacao/professor-do-futuro-sera-um-designer-de-curriculo-afirma-especialista,a8e3e6fc8923e310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html